Brasil perde por 3 a 2 em Tóquio e técnico italiano analisa erros e acertos na reta final de preparação para o Mundial
O relógio corre para a Seleção Brasileira. A derrota por 3 a 2 para o Japão, nesta terça-feira (14), em Tóquio, encerrou mais uma etapa importante da preparação para a Copa do Mundo. Restam apenas duas convocações – em novembro e março – antes de Carlo Ancelotti definir a lista final de convocados.
O revés, ainda que doloroso, serviu de alerta. Mais do que a goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul na semana anterior, o confronto contra os japoneses escancarou as fragilidades herdadas de um ciclo turbulento, marcado por transições e indefinições.
Testes e estratégia mantidos
Mesmo com a derrota, Ancelotti segue firme em seu plano. O treinador tem apostado na formação de uma base sólida, testando peças em posições carentes e experimentando variações táticas sem centroavante fixo, como a recente tentativa de Vinícius Júnior mais centralizado.
Em conjunto com a CBF, o técnico também acertou ao buscar adversários de estilos diferentes. Após enfrentar seleções asiáticas, o Brasil medirá forças com Senegal e Tunísia em novembro e deve encarar França e Holanda em março – uma escalada pensada para medir forças contra diversas “escolas” do futebol mundial.
Erro fatal e virada japonesa
Diante do Japão, Ancelotti promoveu várias mudanças em relação à vitória sobre a Coreia, mantendo apenas Casemiro, Bruno Guimarães e Vinícius Júnior entre os titulares – sinal de que o trio deve seguir como alicerce do time.
O destaque foi Lucas Paquetá, que alterou o desenho da equipe ao buscar mais o jogo e criar conexões entre meio e ataque. O Brasil saiu na frente com Paulo Henrique e Gabriel Martinelli, após assistências de Bruno Guimarães e Paquetá, respectivamente.
Mas a segunda etapa trouxe o colapso. Fabrício Bruno falhou na saída de bola, e Minamino descontou. A pressão japonesa cresceu: Nakamura empatou após desvio infeliz do zagueiro brasileiro, e Ueda completou a virada de cabeça aos 24 minutos.
Ancelotti tentou reagir com as entradas de Joelinton, Rodrygo e Matheus Cunha, mas as mudanças não surtiram efeito. O Brasil pressionou nos minutos finais, porém deixou o campo derrotado e exposto.
Reflexão e ajustes pela frente
A partida deixou lições claras. O técnico italiano precisará ajustar o equilíbrio entre agressividade ofensiva e segurança defensiva, entender a queda de desempenho na segunda etapa e reavaliar o encaixe entre os setores.
Com o tempo se esgotando antes da Copa, cada amistoso se torna um ensaio decisivo para o Brasil reencontrar consistência e confiança no projeto de Ancelotti.






