O Palmeiras entra em campo nesta quinta-feira (23), às 21h30, no Allianz Parque, com uma das missões mais desafiadoras da história recente da Conmebol Libertadores. Após a derrota por 3 a 0 em Quito, o Verdão precisa vencer a LDU por quatro gols de diferença para avançar direto à final — ou devolver o placar para decidir nos pênaltis.
A tarefa é difícil: nenhum time conseguiu reverter um resultado tão elástico em uma semifinal do torneio. Ainda assim, a equipe de Abel Ferreira aposta na força do elenco, na energia da torcida e no fator casa para transformar o improvável em realidade.
⚽ Como a LDU joga — e onde deixa espaço
Entre julho e outubro de 2025, a LDU disputou 19 partidas, com 11 vitórias, 4 empates e 4 derrotas, marcando 36 gols e sofrendo 15. Desses 15 gols, em dez partidas a defesa equatoriana foi vazada — e em apenas duas delas sofreu mais de um gol, mostrando solidez, mas também alguns padrões de vulnerabilidade.
O ponto mais explorável está no lado direito da defesa. Cerca de um terço dos gols sofridos pela equipe vieram de jogadas por ali — especialmente em cruzamentos e ataques em velocidade, nos quais o lateral e o zagueiro direito têm dificuldade de recomposição.
🔍 Fragilidade em transições e cruzamentos
A LDU demonstra problemas ao lidar com jogadas de profundidade, quando adversários aceleram pelos lados e cruzam para atacantes infiltrarem nas costas da defesa.
Equipes como Universidad Católica, El Nacional e Manta conseguiram balançar as redes de forma semelhante, explorando justamente a lentidão da recomposição defensiva.
Outro ponto vulnerável aparece em situações de contra-ataque. Em seis dos 15 gols sofridos, o erro começou em roubadas de bola no meio-campo, transformadas em transições rápidas — especialmente quando o zagueiro Ricardo Adé, titular absoluto, sai da linha para dar o bote e deixa espaço nas costas.
🧩 Estratégia para o Verdão
Com o retorno de Aníbal Moreno, Abel Ferreira pode ajustar o sistema para dar mais liberdade ofensiva e velocidade pelos lados. Jogadores com perfil agudo, como Sosa ou Facundo, podem ser utilizados para atacar o corredor direito da LDU.
Já Vitor Roque — peça central na movimentação ofensiva — deve explorar as costas de Adé, alternando entre recuar para tabelar e acelerar nas diagonais, criando o espaço que o Palmeiras precisa para gerar chances claras de gol.
💭 O desafio e a esperança
A virada parece improvável, mas o Palmeiras de Abel Ferreira tem histórico de grandes noites no Allianz Parque. Com intensidade, pressão alta e apoio da torcida, o Verdão buscará transformar o desafio em mais um capítulo de superação na Libertadores.






