A operadora brasileira de telecomunicações Oi S.A., marcada por sucessivas crises financeiras, teve sua falência decretada pelo tribunal do Rio de Janeiro na última segunda-feira, 10 de novembro de 2025.
A decisão foi assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial da Capital, que reconheceu a “insolvência técnica e patrimonial” da empresa após o descumprimento do plano de recuperação judicial.
Apesar da falência, foi autorizada a continuidade provisória dos serviços essenciais, como telefonia fixa e internet em determinadas regiões, para evitar interrupções bruscas aos consumidores.
A Oi enfrentava um longo histórico de dificuldades: entrou em recuperação judicial em 2016 e, mesmo após tentativas de reestruturação — que incluíram venda de ativos e renegociações de dívidas — não conseguiu estabilizar sua operação. As dívidas ultrapassariam os R$ 15 bilhões.
O que motivou a decisão
De acordo com o relatório da administração judicial, os principais fatores que levaram à falência foram:
- Descumprimento do plano de recuperação aprovado em 2024
- Insustentabilidade financeira
- Esgotamento do patrimônio e incapacidade de honrar compromissos
- Impossibilidade de reorganização, mesmo após venda de ativos
Impactos imediatos
Após o anúncio, as ações da empresa despencaram na B3.
Sindicalistas alertam para a possibilidade de milhares de demissões e prejuízos a credores, inclusive fundos de pensão.
Para os consumidores, porém, os serviços continuam disponíveis por determinação judicial, ao menos até definição do processo de liquidação ou transferência de infraestrutura.
Próximos passos
Com a falência decretada, inicia-se o processo de liquidação dos ativos da companhia.
A Justiça seguirá intervindo para gerenciar a massa falida e assegurar operação mínima dos serviços.
O setor de telecomunicações poderá observar uma redistribuição de clientes e infraestrutura entre concorrentes.






