No primeiro dia de inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni) do 1º semestre de 2024, candidatos enfrentaram instabilidade e problemas técnicos no site, gerando preocupações e apontando desconformidades nos cálculos de renda.
Dentre as falhas relatadas pelos participantes, destacam-se:
➡️ Ao iniciar o preenchimento dos dados pessoais, uma janela no navegador exibe a mensagem “object object”.
➡️ O cálculo de renda familiar per capita considera o valor do salário mínimo de 2023 (R$ 1.320), em vez do atualizado para 2024 (R$ 1.412), que entrará em vigor nesta semana. Essa inconsistência pode resultar na exclusão de estudantes que teriam direito à bolsa (ver critérios abaixo).
O G1 questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre esses problemas, mas, até o momento desta reportagem, não havia recebido resposta.
O que é Prouni? O Prouni é um programa que permite a alunos de baixa renda pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas.
Critérios de Renda do Prouni 2024: 💰 Bolsas integrais (cobrem 100% da mensalidade): renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.412 x 1,5 = R$ 2.118 por pessoa, nos valores de 2024).
💰 Bolsas parciais (cobrem 50% da mensalidade): limite de renda familiar bruta mensal per capita de 3 salários mínimos (R$ 1.412 x 3 = R$ 4.236 por pessoa, em 2024).
Candidatos apontam que o sistema está considerando os valores de referência do salário mínimo de 2023 (R$ 1.320), o que, por sua vez, impacta diretamente nos critérios de elegibilidade para as bolsas.
Exclusões Injustas: A falha evidencia casos como o de Adriana Mazac, de 19 anos, que busca uma bolsa em medicina no Rio de Janeiro. Com uma renda familiar per capita de R$ 1.996,00, ela ficaria abaixo do limite de R$ 2.118 e teria direito à bolsa integral, segundo os valores de 2024. Entretanto, o sistema permite apenas a inscrição para bolsas parciais, devido à consideração dos valores do salário mínimo de 2023.
O incidente levanta preocupações entre os candidatos, que aguardam uma solução por parte do MEC para garantir a transparência e a correção nos critérios de avaliação.






