Meteorologia alerta: verão no Brasil deve ser chuvoso por causa da La Niña

1 de dezembro de 2025

chegada do verão, marcada para 21 de dezembro, já levanta a dúvida mais comum entre os brasileiros: quando o calor intenso vai realmente começar? Embora a estação seja associada ao sol forte e às altas temperaturas, especialistas afirmam que o cenário deste ano será diferente do habitual — e o principal responsável por isso é o fenômeno La Niña.

De acordo com análises do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o verão deve ser marcado por chuvas mais frequentes e pela forte atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), faixa de nebulosidade que provoca precipitações contínuas por vários dias seguidos. A tendência é que Centro-Oeste, Sudeste e partes do Norte e Nordeste enfrentem temporais mais intensos, enquanto a região Sul deve viver um período mais seco. O prognóstico climático oficial da estação será divulgado em dezembro.

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Apesar da previsão de um verão mais úmido, algumas áreas ainda devem registrar temperaturas acima da média, especialmente durante a ocorrência de veranicos — períodos curtos de calor e céu aberto em meio à estação chuvosa. Segundo o Inmet, as regiões com maior chance de enfrentar esse “calorão típico” são:

  • Região Sul
  • Mato Grosso do Sul
  • Sertão do Nordeste

Nessas localidades, a menor incidência de chuva favorece a elevação rápida das temperaturas. Entre janeiro e fevereiro, meses em que veranicos são historicamente mais comuns, podem ocorrer dias seguidos de sol forte, aumentando o risco de queimadas e problemas respiratórios.

A La Niña, oficialmente confirmada nesta primavera, já influencia o regime de chuvas no país. Como seus efeitos costumam ser sentidos de forma mais intensa cerca de três meses após o início do fenômeno, a tendência é de que o verão receba esse impacto de maneira plena.

Caso o fenômeno se mantenha ativo ao longo da estação, deve reforçar as precipitações e favorecer episódios mais frequentes da ZCAS no Brasil Central e no Sudeste. Com mais nebulosidade persistente, o calor tende a ser menos intenso nessas regiões.

Assim, o Brasil deve viver um verão de contrastes: chuva forte e temperatura moderada para grande parte do país, enquanto bolsões específicos podem enfrentar ondas de calor expressivas.

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