A Reforma Tributária começou a sair do papel e dará início a uma série de mudanças que irão reestruturar a forma como o Brasil tributa o consumo. A transição será gradual, com etapas definidas até 2033, e promete simplificar o sistema, reduzir a burocracia e trazer mais transparência para empresas e consumidores.
Para ajudar o público a compreender o que vem pela frente, reunimos os principais pontos da nova legislação e o que ela deve alterar na prática.
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Como será a transição para o novo sistema tributário
O governo federal estabeleceu um cronograma dividido em quatro fases. Veja o que acontece em cada uma delas:
2026 – Primeira mudança concreta
A partir de 2026, entra em vigor a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá PIS e Cofins. É o primeiro passo da simplificação dos impostos federais sobre consumo.
2027 – Redução gradual dos tributos atuais
Em 2027, PIS e Cofins começam a ser reduzidos progressivamente.
Nesse ano, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) passa a operar em formato de teste, permitindo ajustes antes da adoção definitiva.
2029 a 2032 – Dois sistemas funcionando ao mesmo tempo
Entre 2029 e 2032, os contribuintes conviverão com o sistema atual e o novo.
Isso significa que empresas precisarão observar regras antigas e novas, o que exigirá atenção redobrada no cumprimento de obrigações fiscais.
2033 – Novo modelo passa a valer totalmente
A partir de 2033, o sistema antigo deixa de existir.
O Brasil passa a operar exclusivamente com IBS + CBS, modelo inspirado em referências internacionais de IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
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O que muda na prática
Com a reforma, o país pretende simplificar a tributação sobre consumo, considerada hoje uma das mais complexas do mundo. Entre as principais mudanças estão:
Unificação de tributos
Impostos hoje separados passam a ser reunidos em duas siglas: IBS e CBS.
A expectativa é de redução de conflitos de interpretação e menos burocracia.
Transparência na composição dos preços
O novo formato deve facilitar a visualização dos tributos incidentes, permitindo ao consumidor entender melhor o que paga.
Novas regras de arrecadação
A arrecadação será mais centralizada e redistribuída aos estados e municípios por destino, reduzindo disputas fiscais.
Impactos para empresas
Rotinas fiscais, sistemas e estratégias de precificação precisarão ser atualizados ao longo da transição. Especialistas reforçam que planejamento será essencial para evitar riscos.
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Por que a Reforma é considerada histórica
A mudança é vista como a mais ampla na área tributária desde 1988.
Economistas avaliam que a simplificação pode melhorar o ambiente de negócios, reduzir custos operacionais e aumentar a competitividade do país.
Ao mesmo tempo, a transição longa — que vai até 2033 — busca evitar impactos bruscos para empresas e governos.
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A importância da informação no período de mudança
Com novas regras sendo implementadas gradualmente, especialistas recomendam que cidadãos e empreendedores acompanhem cada etapa da transição.
A clareza sobre o calendário e sobre os impactos práticos será determinante para evitar confusões e garantir adaptação segura ao novo modelo.
Nos próximos meses, o país deve receber regulamentações complementares que detalharão pontos específicos da reforma.






