A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (14/10), o influencer Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido nas redes sociais como Buzeira, durante uma operação voltada a desarticular um esquema de lavagem de dinheiro associado ao tráfico internacional de drogas.
A ação, que ocorre de forma simultânea em quatro estados brasileiros — São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais — cumpre 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Entre os bens confiscados estão carros de luxo, joias, dinheiro em espécie, aeronaves, jet-skis e imóveis.
Segundo a investigação, parte dos recursos ilícitos teria sido direcionada para o setor de apostas eletrônicas, conhecidas como bets, além de corretoras de criptomoedas. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores que ultrapassam R$ 630 milhões, medida que busca descapitalizar a organização criminosa.
O delegado Marcelo Maceiras, da PF, explicou que o grupo mantinha um sofisticado sistema de remessa e lavagem de dinheiro no exterior, utilizando empresas legalizadas e outras de fachada.
“O foco da operação foi a descapitalização da organização criminosa. Pedimos o bloqueio de mais de R$ 630 milhões, além da apreensão de carros, aeronaves e imóveis ligados ao esquema”, destacou.
Com mais de 15 milhões de seguidores, Buzeira ficou conhecido nas redes sociais por realizar rifas e sorteios de carros, artigos de luxo e promoções. A defesa do influencer ainda não se manifestou.
Entre os detidos também está o empresário Rodrigo Morgado, que ganhou notoriedade após sortear um carro e tomar o prêmio de uma funcionária durante uma festa da empresa.
O advogado Felipe Pires de Campos, que representa Morgado, afirmou que ainda não teve acesso aos autos do processo, mas reforçou a inocência de seu cliente.
“Rodrigo sempre atuou exclusivamente como contador, dentro dos limites legais da profissão. Confiamos que, com o avanço das investigações, sua inocência será plenamente reconhecida”, declarou.
A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros envolvidos e rastrear o caminho do dinheiro movimentado pelo grupo.






